SubsoloArt Entrevista: Fotógrafo Leandro Mantovani

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Fotografia Pixação - Leandro Mantovani (2)

Em 2007, depois de abandonar um curso que não agradou muito, Leandro Mantovani resolveu se arriscar na fotografia, que já era uma paixão adormecida. Aos 25 anos, já foi assistente de fotógrafos importantes e fez sua primeira exposição individual na Argentina. Saiba um pouco mais sobre ele nessa entrevista, feita para a SubsoloArt por nossa amiga Isabela Gregório, de São Paulo, e publicada em nosso antigo site no final de janeiro de 2013.

Quando e como surgiu o seu envolvimento com a fotografia?

Em 2007, depois de fazer um semestre de um curso que não me agradou , eu decidi que iria estudar fotografia. Fotografar era uma coisa que eu tinha muita vontade de fazer ,mas que era visto com muita desconfiaça pelo lado financeiro. No fim eu deixei esses paradigmas de lado e fui atrás do meu sonho, antes de começar o curso eu ja estava trabalhando como assistente e o meu envolvimento foi ficando cada vez mais forte.

O seu interesse especialmente pelo fotojornalismo fica evidente no seu trabalho. Da onde vem essa atenção especial para o registro das ruas?

Sempre tive essa coisa de observar muitos as coisas , passar horas na janela , e isso tudo se passa na rua! Desde criança eu ja era assim , antes de começar a fotografar trabalhei como camelô no centro de São Paulo, onde passava todo dia na rua , acredito que a rua sempre esteve presenta na minha vida por isso dou essa atenção especial para o tema.

Você já trabalhou como assistente de fotógrafos bem legais como a Thelma Vilas Boas. Conte um pouco sobre essas experiências.

Ser assistente, apesar de você em alguns momentos se sentir a pessoa mais explorada do mundo, sem duvida é a melhor universidade que você pode fazer. Não te comparação com um curso, para mim foi uma experiencia execelente onde pude ver como os fotografos trabalham , a maneira de lidar com clientes , coisas tecnicas , entender realmente luz , sombra, etc.

Entrevista com o fotógrafo de pixação Leandro Mantovani

Além da fotografia, você tem se aventurado na produção de videos. Fala um pouco da criação da Ludico Filmes.

A Ludico, como diz o nome, surgiu como uma brincadeira. Era uma coisa que eu tinha vontade de fazer mas que sempre deixava de lado, depois que comecei vi que tinham pessoas gostando e pensei, porque não continuar ?Então, encontrei pessoas competentes e interessadas em ajudar. É um projeto a longo prazo , que eu acredito que possa vir a mostrar coisas interessantes que venham a agregar alguma cultura e informação para as pessoas.

Dentre os seus trabalhos, a série sobre a pichação em São Paulo ganhou destaque. Através desse projeto, você fez sua primeira exposição individual na Argentina. Me conta como surgiu a ideia de registrar a pichação e qual a importância que esse trabalho tem para você.

Comecei a fotografar através do convite de um amigo pixador, depois da primeira ação nunca mais parei. É um trabalho importante para mim , porque além de ser uma coisa do lado "b" é um fenômeno que podemos dizer q é "made in brazil". Então vejo nesse trabalho um história ampla e rica e penso que é de extrema importância o registro como um todo. Uma questão cultural e histórica principalmente em São Paulo. Além disso, tem o envolvimento com os pixadores onde você vê que te tratam pelo que você é e não pelo que você tem. Posso dizer que fiz boas amizades nesse meio.

O que você pretender registrar daqui pra frente?

Não sou de fazer muitos planos quanto a novos projetos , as vezes andando na rua fotografando com celular observo uma coisa e já vejo alguma possibilidade de criar um projeto. O que adianto é que tenho um projeto sobre Buenos Aires que esta em andamento.

O que a fotografia representa na sua vida?

A fotografia representa hoje em dia tudo, ela fez que minha vida tivesse um novo sentido para coisas que até então eram simples. Através dela, eu ampliei meu conhecimento em outras areas , sem dúvida é uma coisa importante que eu vou carregar por toda minha vida.

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